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Educação emocional: Utilização de Tablet e TV

Educação emocional: Utilização de Tablet e TV

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Educação emocional: 1. Prejuízos para a leitura e o estudo

É evidente que as horas gastas com dispositivos eletrônicos são horas a menos de leitura e estudo. Entretanto, uma pesquisa holandesa de 1997, publicada no periódico Reading Research Quaterly, sugere algo mais profundo: a televisão teria um impacto negativo sobre a própria capacidade de as crianças compreenderem textos. Além de roubar o tempo dedicado à leitura, a televisão leva as crianças a depreciarem o próprio ato de ler.

Com relação aos videogames, os jogos preferidos das crianças geralmente envolvem muita ação e uma capacidade de responder rapidamente, abafando o pensamento consciente e viciando a atenção em um certo tipo de estímulo que é muito diferente daquele proporcionado pela leitura. Ler e estudar tornam-se atividades monótonas, desinteressantes.

Vale a pena mencionar, ainda, um estudo da UNICAMP (2007) que coloca em xeque os alardeados benefícios da informatização das salas de aula. O estudo, que abrangeu alunos da 4ª e 8ª série do ensino fundamental, concluiu que, “para os alunos de todas as séries e para todas as classes sociais, o uso intenso do computador diminui o desempenho escolar.”

Tudo leva a crer que substituir o livro pelo monitor resulta em prejuízos para o aprendizado das crianças.

2. Indução ao consumismo

Talvez o relato de uma mãe homeschooler norte-americana valha mais do que um punhado de pesquisas científicas para ilustrar este ponto: tendo criado seus quatro filhos sem televisão em casa, certo dia, na época do Natal, apareceu à porta dessa família um senhor vestido de Papai-Noel para “coletar” os pedidos das crianças (ele posteriormente repassava os pedidos aos pais). Fascinadas com o Papai-Noel, as crianças correram para lhe apresentar o que haviam feito nos últimos dias: os brinquedos e presentes que haviam fabricado em sua própria casa. O Papai-Noel insistiu: “mas o que vocês querem ganhar de Natal?” As crianças pela primeira vez pararam para pensar, e responderam: “Mas nós já temos tudo.” Um dos filhos, provavelmente o mais novinho, respondeu: “Bem, talvez alguns doces!”

3. Riscos do excesso de exposição na internet: pedofilia, pornografia e violência

Um levantamento realizado no ano de 2015 apontou que mais de 60% das crianças brasileiras entre 7 e 12 anos se expõem em redes sociais e aplicativos de troca de mensagens. Mais de 65% dessas crianças afirmaram que os pais não definem nenhuma regra ou limite para o uso da internet.

Outra pesquisa, conduzida nos Estados Unidos pela McAfee, constatou que mais de 50% dos jovens que utilizam redes sociais não desabilitam os serviços de localização ou GPS de seus dispositivos, deixando visível a estranhos sua localização atual, e 14% publicaram online seu endereço residencial.

Os riscos dessa exposição são reais: embora não haja dados oficiais sobre o assédio digital, dados de tráfego na internet apontam para a intensa atuação de “predadores virtuais”. Pedófilos que se aproveitam das redes sociais para assediar crianças e adolescentes, solicitando fotos e vídeos, marcando encontros (passando-se por alguém da mesma idade) etc. Devido ao excesso de exposição da vida privada dessas crianças, torna-se fácil aos abusadores ameaçá-las(mencionando o nome dos pais, a escola onde estudam etc.). Crianças cada vez mais novas estão criando seus próprios canais no YouTube e expondo sua intimidade a um número enorme de assediadores virtuais que a maioria dos pais nem desconfia que existe.

acesso a conteúdos impróprios (pornografia ou vídeos de violência) pelas crianças, quando deixadas sozinhas com o computador, é também comprovado pela experiência de inúmeros pais que instalaram nos aparelhos domésticos o recurso de espelhamento da tela do PC.

Assim como os pais se preocupam com a segurança de seus filhos nas grandes cidades, deveriam igualmente se preocupar com a segurança deles e preservação de sua inocência nessa gigantesca cidade que é a internet.

4. Desenvolvimento precoce da sexualidade e sexting

Por falar em preservação da inocência das crianças, um estudo publicado na revista Pediatrics (2004) afirma: “Há boas razões científicas para se pensar que a TV pode ser um fator chave para a atividade sexual precoce.” O desenvolvimento sexual precoce é muito prejudicial às crianças, que assim não passam pelas devidas etapas de maturação necessárias para lidar com as situações morais nas quais possam se envolver.

E ninguém há de negar a abundância de cenas de conteúdo sexual ou erotizado na programação televisiva, mesmo antes das 22h.

Na internet, a situação é ainda pior, dado o acesso facilitado a todo tipo de conteúdo impróprio, de forma oculta aos olhares vigilantes dos pais. Um estudo norte-americano estimou que 12% dos adolescentes entre 10 e 19 já enviaram fotos de nudez ou seminudez para alguém (uma prática conhecida como sexting).

5. Prejuízos para a criatividade

O hábito de receber imagens prontas enfraquece a capacidade imaginativa das crianças – a capacidade de fantasiar, de formar um mundo interior. Além disso, não há nenhuma comprovação de que aplicativos que prometem estimular a criatividade tenham de fato esse efeito.

Muitos pais confundem a imitação pura e simples do que se viu na TV com “criatividade”. Porém, a força criativa aparece justamente na capacidade de inventar algo novo combinando elementos já conhecidos. E mais: a criatividade não é a capacidade de se pensar qualquer coisa, mas coisas que guardem alguma conexão com a realidade, ajudando a criança a se orientar no mundo e a dar sentido à sua experiência.

Bastam alguns minutos de exposição aos desenhos animados voltados para o público infantil para se constatar que, muito longe de incentivar a criatividade, o que existe é uma indução a comportamentos cada vez mais infantilizados (indignos até de uma criança pequena) e sem sentido.

AS RECOMENDAÇÕES DA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP):

Debruçando-se sobre a questão dos efeitos dos dispositivos eletrônicos sobre o desenvolvimento das crianças, a Academia Americana de Pediatria emitiu uma série de recomendações voltadas para pais e educadores:

  • Crianças até 18 meses: não devem ser expostas a monitores (é isso mesmo: zero de exposição);
  • Crianças entre 18 e 24 meses: caso os pais desejem introduzir a exposição, devem selecionar muito bem o conteúdo e acessá-lo sempre junto da criança, interagindo com ela;
  • Crianças entre 2 e 5 anos de idade: o tempo de exposição não deve ultrapassar 1 hora por dia, e os pais devem assistir aos programas juntamente com os filhos, a fim de garantir que eles compreendam o que vêem;
  • Os pais devem estabelecer limites claros para o tempo de uso das mídias e sobre os tipos de mídia permitidos, certificando-se de que o tempo de uso não está prejudicando o tempo dedicado ao sono, à atividade física e a outras atividades essenciais ao desenvolvimento saudável das crianças;
  • Os pais devem estabelecer “horários livres de mídia”, tais como a hora das refeições, o tempo gasto no carro;
  • Os pais devem estabelecer “zonas livres de mídia”, como o quarto das crianças.

Além disso, acrescentamos que os pais devem conversar com os filhos mais velhos sobre o uso das mídias e a importância de não permitir que elas substituam a interação “offline” entre as pessoas, as atividades realizadas em família ou entre amigos, o tempo dedicado aos serviços prestados à comunidade, à igreja etc.

Fonte: http://comoeducarseusfilhos.com.br/blog/um-plano-de-acao-para-voce-regular-utilizacao-de-tv-tablet-e-computador-em-sua-casa/

 

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